Unidos de Vila Isabel: com dificuldades, povo de Noel tem desfile pouco inspirado
Quarta
escola a desfilar na madrugada de domingo para segunda, a Vila Isabel contou a
influência dos negros nos ritmos musicais populares no continente americano. Em
uma apresentação sem grandes momentos, o ponto mais alto ficou por conta do sempre
excelente Igor Sorriso, que ao lado da bateria Swingueira de Noel, conseguiu
atenuar musicalmente os visíveis problemas plásticos da escola azul e branco.
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Penúltima alegoria teve problemas de finalização. (Foto: Vitor Melo) |
A
coreografia dançante da comissão de frente deu o tom ao bom início da Vila.
Mas, foi só o primeiro carro passar para o panorama se alterar: as falhas no
acabamento eram gritantes em alguns momentos em alegoria que revelam problemas de barracão, sobretudo na última alegoria que representava o desfile Kizomba da escola em 1988. O
cenário das fantasias estava melhor, mas mesmo assim faltavam soluções
diferentes e sobrava repetição, além de muita simplicidade. Ao fim da apresentação, ficou a sensação de que
apesar de bem desenvolvido, o enredo poderia ter sido melhor executado no que
tange aos quesitos visuais.
O
bom casal de mestre-sala e porta-bandeira formado por Amanda e Raphael fez uma apresentação irregular nos módulos, a porta-bandeira deixou a bandeira enrolar na cabine dupla, o que deve ser descontado. Uma pena, pois na última cabine a apresentação foi correta com excelente coreografia. O mesmo não se pode dizer da evolução, que
deixou muito a desejar, fazendo a escola formar alguns buracos na pista. Com tantas falhas, a Vila deve brigar na parte de baixo da tabela e corre o risco de abrir a segunda-feira de 2018.
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Detalhe de um dos clarões abertos pela Vila Isabel no desfile desta madrugada (foto: Leo Antan) |