Mocidade Independente de Padre Miguel: com tapete voador, Estrela Guia viaja ao Marrocos
Uma
excelente sacada na comissão de frente deu início ao desfile da Mocidade
Independente de Padre Miguel sobre o Marrocos. Um aeromodelo simulava o tapete
voador de Aladdin, personagem central da coreografia, elaborada cheia de truques e reviravoltas. Terceira agremiação de
segunda, a alviverde fez uma apresentação acima da expectativa dentro de suas pretensões. Podendo entrar na briga pelo desfile das campeãs.
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Abre-alas foi a marca do melhor início de desfile da Mocidade em muito tempo. (Foto: Vitor Melo) |
O
visual da Mocidade foi irregular: se o abre-alas teve destaque por conta de sua
imponência, o mesmo não pode ser dito das demais alegorias, que oscilaram. Com algumas falhas
aparentes, a impressão deixada por elas é que faltou um pouco mais de cuidado
na finalização do conjunto. As fantasias, apesar de luxuosas, acabaram por não
traduzir com clareza o tema abordado e pecaram pela repetição de fórmulas e concepção tradicional demais para a Mocidade. Alguns problemas isolados de evolução afligiram a Mocidade, mas a
princípio, nada que comprometa tanto o julgamento.
O
bonito samba-enredo, que tem a grife de Altay Veloso e Paulo César Feital,
acabou compensando o complicado desenvolvimento do enredo, sendo entoado forte pelos seus componentes. Wander Pires cantou
com a sua habitual segurança, e a obra ganhou um tempero especial através do
ritmo imposto pela bateria de Mestre Dudu. No fim das contas, a agremiação da
Zona Oeste conseguiu apagar a péssima impressão deixada após a conturbada
exibição do ano passado. Padre Miguel pode sonhar à vontade.