Portela: rio azul e branco gera desfile excessivamente técnico
Apostando
em um enredo sobre os mais famosos rios do mundo, a Portela, do carnavalesco
Paulo Barros, esteve na Marquês de Sapucaí buscando quebrar um interminável
jejum de títulos. A boa apresentação da Águia, sem dúvidas, coloca a escola no
páreo, mesmo não tendo emocionado as arquibancadas como em anos anteriores.
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O desastre de Mariana foi lembrado pela Portela. (Foto: Vitor Melo) |
O
início da exibição não causou o impacto esperado, a comissão de
frente decepcionou com uma apresentação regular, abaixo do esperado. O mesmo vale para o casal de mestre-sala e
porta bandeira, que por mais um ano teve de desfilar com a pista molhada e realizou uma exibição confusa. O
carro de número um se destacou dentro do conjunto alegórico, pois trazia uma
bela águia, altaneira como nos velhos tempos combinada a um forte tom dourado. As fantasias foram o grande destaque da plástica e traduziram bem o
tema-enredo, que foi explorado em todas as suas nuances de maneira competente. A ideia de associar
baluartes da escola aos rios foi executada com extrema felicidade, louvando a característica da Portela de abordar sua própria história.
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Maria Lata d'água, Clara Nunes, Natal, Dodô e Paulo da Portela, os baluartes da Portela (Foto: Léo Antan) |
Bastante
compacta, a agremiação de Madureira cantou com tanta força o samba deste ano e foi uma das poucas da noite há não apresentações falhas na evolução. Mesmo
assim o time de canto do ídolo portelense Gilsinho conseguiu levá-lo com
relativa facilidade. A bateria dirigida por Nilo Sérgio também teve bom desempenho.
As expectativas da Portela se confirmaram, e a escola tem tudo para brigar pelo
campeonato pela regularidade de sua apresentação. Apenas, os quesitos iniciais devem comprometer um sonho mais alto.
1 Comments
Muito bom
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