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Tensão e tristeza. Se alguém anunciasse antes que esse carnaval seria marcado por tantos acidentes, não acreditaríamos. Após os desfiles, a sensação é de estranheza e um gosto amargo no peito. Para todos os amantes da folia. É preciso repensar nossa festa, seus detalhes e estrutura. Isso é gritante. 

Na passarela, muitas escolas erraram, sobretudo em evolução com enormes buracos, e com muitos problemas de alegorias. Apesar de tudo, Mangueira e Portela voltaram a brilhar, com uma Ilha e Mocidade acima da expectativa. 

Surpreendente, a Ilha fez uma apresentação suntuosa como pouca vezes na sua história, vestida de um grande samba e com falhas em evolução. Com a assinatura da mestra, a São Clemente fez um desfile correto e que não empolgou. A Mocidade também cumpriu seu papel, num ótimo espetáculo. Marcada pela tragédia sem proporções na história da folia, a Tijuca viu uma grande apresentação se perder na pista infelizmente. Técnica, Portela derramou um rio de amor defendendo quesitos, mas com falhas em comissão e casal. A Mangueira fez um grande arrastão como ano passado, numa apresentação redentora e apoteótica.  Lavando a alma aflita da Sapucaí. Teve também problemas de evolução, mas sobrou na disputa pelo título. 

Portões que se fecham. A hora é esperar a quarta-feira que definirá o futuro da folia. Num dos julgamentos mais complicados e difíceis da história da folia, tanta pela cabine dupla quanto pelos acidentes e erros. Como será o amanhã, afinal?





União da Ilha: “no girê”, tricolor peca em evolução, mas levanta a Sapucaí



São Clemente: mesmo bem visualmente, escola passa “fria”




Mocidade Independente de Padre Miguel: com tapete voador, Estrela Guia viaja ao Marrocos




Acidente em alegoria coloca desfile da Tijuca em segundo plano




Portela: rio azul e branco gera desfile excessivamente técnico




Mangueira: na fé de Todos os Santos, Verde e Rosa é favorita ao bicampeonato

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             Com Leo Antan e Vitor Melo 

 A Mangueira fechou o Carnaval de 2017 levando a Sapucaí abaixo. Depois de uma noite de desfiles verdadeiramente problemática, a Verde e Rosa lavou a alma de todos os amantes da festa e mostrou que é possível arrastar multidões, esquecendo a tristeza. 

Leandro Vieira apostou na fácil inteiração com o público, ganhando as arquibancadas com fantasias e enredo muito bem contados. O tema, que tratava da fé do brasileiro com os santos, independente da religião, foi de interpretação direta e claro desenvolvimento. Acerto que já foi percebido na Comissão de Frente, que levantou os setores teatralizando e tornando divertida e lúdica a relação do povo com as divindades.

O tripé 2, "Santo e Orixá" trouxe uma solução simples e original pra falar de sincretismo (Foto: Leo Antan)
As fantasias, muito luxuosas e bem elaboradas, passaram a mensagem correta com excelente trabalho cromático. Concebidas de forma muito bem acabada, tal qual alegorias. No caso dos carros, buscava-se emocionar o público presente na Avenida com mensagens que fossem passadas sem se saber o nome ou ler o roteiro. Destacam-se a alegoria 6, "A Luz dos Orixás", com referências artísticas à nomes da arte afro-brasileiras, como Mestre Didi e Rubens Valetim, e o tripé 2 "Santo e Orixá", ampliando a relação do sincretismo católico-umbandista num momento singelo mas eficaz.

Buraco não tira empolgação mangueirense pelo bi (Foto: Vitor Melo)
A harmonia também esteve perfeita entoando um samba-enredo lindo que funcionou muito bem, a escola sacudiu as arquibancadas e fez o povo ir atrás num verdadeiro arrastão. Entretanto, nem tudo são flores e dois problemas de evolução com a alegoria 2 podem fazer a escola perder décimos preciosos. Apesar disso, a verde e rosa é a grande favorita do Carnaval carioca. Coroando mais um grande trabalho do artista Leandro Vieira e uma Manga valente e guerreira como nunca..

Atrás da Verde e Rosa só não vai quem já morreu (Foto: Vitor Melo)
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com Leo Antan

Apostando em um enredo sobre os mais famosos rios do mundo, a Portela, do carnavalesco Paulo Barros, esteve na Marquês de Sapucaí buscando quebrar um interminável jejum de títulos. A boa apresentação da Águia, sem dúvidas, coloca a escola no páreo, mesmo não tendo emocionado as arquibancadas como em anos anteriores.

O desastre de Mariana foi lembrado pela Portela. (Foto: Vitor Melo)
O início da exibição não causou o impacto esperado, a comissão de frente decepcionou com uma apresentação regular, abaixo do esperado. O mesmo vale para o casal de mestre-sala e porta bandeira, que por mais um ano teve de desfilar com a pista molhada e realizou uma exibição confusa. O carro de número um se destacou dentro do conjunto alegórico, pois trazia uma bela águia, altaneira como nos velhos tempos combinada a um forte tom dourado. As fantasias foram o grande destaque da plástica e traduziram bem o tema-enredo, que foi explorado em todas as suas nuances de maneira competente. A ideia de associar baluartes da escola aos rios foi executada com extrema felicidade, louvando a característica da Portela de abordar sua própria história. 

Maria Lata d'água, Clara Nunes, Natal, Dodô e  Paulo da Portela, os baluartes da Portela (Foto: Léo Antan)
Bastante compacta, a agremiação de Madureira cantou com tanta força o samba deste ano e foi uma das poucas da noite há não apresentações falhas na evolução. Mesmo assim o time de canto do ídolo portelense Gilsinho conseguiu levá-lo com relativa facilidade. A bateria dirigida por Nilo Sérgio também teve bom desempenho. As expectativas da Portela se confirmaram, e a escola tem tudo para brigar pelo campeonato pela regularidade de sua apresentação. Apenas, os quesitos iniciais devem comprometer um sonho mais alto. 

Falecido em 2016 quando era presidente da Portela, Marcos Falcon foi homenageado pela escola. (Foto: Vitor Melo) 




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com Leo Antan

A Unidos da Tijuca, que entrou na Marquês de Sapucaí defendendo um enredo sobre a influência dos negros na música estadunidense, teve sua exibição completamente ofuscada em função de um fato triste. Ainda no terço inicial da passarela, o  nível superior do segundo carro alegórico da escola, acabou se rompendo, deixando 15 feridos, segundo informações do Corpo de Bombeiros. Destes, dois estão em situação delicada, por terem sofrido traumatismos craniano e abdominal. Com o acidente, a escola permaneceu um longo período parado. Impedida, a escola não pode tirar a alegoria de seu corteja e mesmo danificada, ela seguiu pela pista após várias alas passaram a sua frente. 

O incidente fez com que todo o desfile fosse comprometido, dificultando qualquer análise dos quesitos. Mesmo assim, a bateria cumpriu o seu papel e continuou tocando em alto nível. Emocionado, o puxador Tinga cantou com muita garra, e intercalava o canto com frases motivacionais direcionadas aos componentes, pedindo para que eles fossem até o fim. Por mais de uma vez, Tinga clamava à comunidade para “não desistir”.  A comunidade do Borel colocou o “coração na avenida” e terminou sua exibição apenas um minuto após os 75 estipulados como tempo máximo. 

Com uma fatalidade sem precedentes na história carnavalesca, a Tijuca deve ser prejudicada em vários quesitos, como alegorias e enredos. Foi um triste momento para a trajetória tijucana e da folia como um todo. 





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com Leo Antan

Uma excelente sacada na comissão de frente deu início ao desfile da Mocidade Independente de Padre Miguel sobre o Marrocos. Um aeromodelo simulava o tapete voador de Aladdin, personagem central da coreografia, elaborada cheia de truques e reviravoltas. Terceira agremiação de segunda, a alviverde fez uma apresentação acima da expectativa dentro de suas pretensões. Podendo entrar na briga pelo desfile das campeãs.

Abre-alas foi a marca do melhor início de desfile da Mocidade em muito tempo. (Foto: Vitor Melo)
O visual da Mocidade foi irregular: se o abre-alas teve destaque por conta de sua imponência, o mesmo não pode ser dito das demais alegorias, que oscilaram. Com algumas falhas aparentes, a impressão deixada por elas é que faltou um pouco mais de cuidado na finalização do conjunto. As fantasias, apesar de luxuosas, acabaram por não traduzir com clareza o tema abordado e pecaram pela repetição de fórmulas e concepção tradicional demais para a Mocidade. Alguns problemas isolados de evolução afligiram a Mocidade, mas a princípio, nada que comprometa tanto o julgamento.

O bonito samba-enredo, que tem a grife de Altay Veloso e Paulo César Feital, acabou compensando o complicado desenvolvimento do enredo, sendo entoado forte pelos seus componentes. Wander Pires cantou com a sua habitual segurança, e a obra ganhou um tempero especial através do ritmo imposto pela bateria de Mestre Dudu. No fim das contas, a agremiação da Zona Oeste conseguiu apagar a péssima impressão deixada após a conturbada exibição do ano passado. Padre Miguel pode sonhar à vontade. 






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com Leo Antan

Contando um caso de corrupção ocorrido na França de Luis XVI, a São Clemente de Rosa Magalhães foi a segunda escola de hoje a passar pelo sambódromo do Rio de Janeiro. Apesar de não empolgar nos quesitos de “chão”, a simpática escola de Botafogo fez uma apresentação regular e não deve ter dificuldades para se estabelecer no meio da tabela.

Alegoria 4, "Chafarizes e Quedas d'água", teve boa resposta do público (Foto: Vitor Melo) 
A comissão de frente, apesar de bem ensaiada, acabou não empolgando o público, visto que o artifício principal – levantar um dos componentes, tinha acabado de ser muito bem executado pela União da Ilha, escola anterior. Ainda na “cabeça” da escola, pode-se dizer que o bom casal Denadir e Fabrício não comprometeu e deve garantir boas notas mais uma vez. O excelente conjunto alegórico foi o destaque da apresentação, principalmente por conta do “carro das águas”, que utilizava um tipo de papel especial para emular o efeito de um pequeno curso d ‘água. O figurino, apesar de não ter agradado completamente, foi de fácil leitura e esteve dentro da proposta do enredo. Pecando na apresentação do conjunto que não surtiu o efeito esperado. 

Mais uma escola com problemas de evolução. Segunda da noite (Foto: Vitor Melo)
A Fiel Bateria, que enfrentou alguns percalços no início, foi se acertando ao longo da avenida, e atingiu seu ápice ao executar um “paradão” já no terço final de sua exibição. O samba, de letra inspiradíssima, não foi cantado à plenos pulmões pelos componentes, apesar de todo esforço do bom carro de som comandado por Leozinho Nunes, em passagem regular. O time de canto da São Clemente, aliás, contou com Rosilene e Cecília, que deram leveza ao sisudo samba. Tradicional calcanhar de aquiles da São Clemente, a harmonia não esteve em uma noite feliz, assim como a evolução, já que alguns buracos puderam ser vistos ao longo da Sapucaí. Num ano que bagunçou expectativas, a sensação foi que a preto e amarelo podia ter brilhado mais. Não deve ser dessa vez que a escola deve realizar o desejo de voltar nas seis. 





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com Leo Antan

Abrindo o segundo dia do Grupo Especial, a União da Ilha do Governador contou um enredo de temática afro: “Nzara Ndembu – Glória ao Senhor Tempo”. Mesmo com uma exibição impactante, a União da Ilha errou bastante em evolução, e viu suas chances de voltar nas campeãs diminuírem bastante.
Primeiro carro insulano se destacou por conta de seu gigantismo. (Foto: Vitor Melo)
Sem elemento cenográfico, a comissão de frente do renomado Carlinhos de Jesus impressionou pelo mirabolante truque que fazia com que a saia de um dos componentes aumentasse drasticamente de tamanho fazendo-levitar na avenida. Depois dela, o casal Phelipe e Dandara realizou uma boa apresentação, dando continuidade ao excelente início insulano.

Muito bem acabado, o imponente conjunto visual chamou a atenção do público. O exuberante abre-alas impressionou pela altura, sendo bastante elogiado. Em que pese a beleza dos carros, um deles – o quinto, acabou tendo dificuldades para fazer a curva de entrada da pista, provocando um enorme clarão em frente ao módulo duplo. A mesma alegoria, aliás, teve alguns problemas de iluminação, e alternou momentos com e sem luz. Passando acessa pelos módulos e apagando logo na sequência. Dessa forma, a evolução da Ilha acabou ficando muito comprometida. Cabe observar também que o enredo não se explicou na pista, tendo um desenvolvimento confuso e pouco claro, poderia ter sido melhor explorado dado sua riqueza cultural. 

Efeitos visuais do quarto carro animaram as arquibancadas. (Foto: Vitor Melo)
Comandada pelo brilhante Ito Melodia, a ala musical da escola defendeu com extrema competência o bonito e valente samba, que se sustentou durante os 75 minutos. A Baterilha do Mestre Ciça teve, pelo segundo ano seguido, uma atuação elogiosa. Além de tocarem em um andamento bastante seguro, os ritmistas fizeram várias bossas de sucesso. Em muitas, havia o luxuoso auxílio de atabaques. No geral, a Ilha sai de alma lavada e com a auto-estima de seus desfilantes elevada. Numa apresentação marcada pelo luxo, como poucas vezes a tricolor apresentou na pista.

Problemas evidentes de evolução também marcaram o desfile da Ilha (Foto: Léo Antan)



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A primeira de noite dos desfiles do grupo especial carioca ficou abaixo da expectativa. Com uma chuva moderada na primeira escola, a Tuiuti apresentou uma plástica competente mas com falhas e marcada por um acidente grave. A Grande Rio explodiu no início,  mas depois deixou escorrer a chance de um grande desfile. Imperatriz surpreendeu, enquanto a Vila decepcionou. As duas últimas foram os destaques da noite, o Salgueiro fez uma correta apresentação e a Beija mostrou a força de Nilopólis, mas teve falhas em evolução e em fantasias. Quer saber onde cada uma errou e acertou com detalhes? Confira nos resumos:




Paraíso do Tuiuti: acidente ofusca apresentação e dificulta a missão da escola




Grande Rio: em desfile morno, Ivete surpreende e aparece na comissão de frente




Imperatriz Leopoldinense: Xingu coloca Ramos na briga pelo G-6




Unidos de Vila Isabel: com dificuldades, povo de Noel tem desfile pouco inspirado




Acadêmicos do Salgueiro: correta, alvirrubra faz bom desfile




Beija-Flor: Escola canta forte o "Juremê" e fecha em grande estilo a primeira noite 

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A Beija Flor foi a última escola a entrar na Sapucaí, já com o dia clareando nessa segunda-feira de Carnaval. Trazendo inovação, "abolindo" as alas e as tornando tribos, em referência ao enredo "Iracema, a Virgem dos Lábios de Mel", quebrou uma máxima de que a festa deve ser "quadradona", como já fez em antigos carnavais. 

Primeira alegoria da Beija Flor, representando a figura de Tupã (Foto: Vitor Melo)
Com um conjunto alegórico forte, o quesito encheu os olhos durante os seis carros que passaram. A ideia ousada de abolir alas, teve seus prós e contras, se o efeito inicial foi colorido, a repetição foi cansando ao longo da avenida, prejudicando o entendimento do enredo que pode ser entendido apenas nos elementos alegóricos. Os atos ficaram muito bem definidos e a comissão de frente, redondinha, apresentou o romance de José de Alencar para o público.

IraSelma e Claudinho se apresentando no último módulo (Foto: Leo Antan)
Selminha Sorriso, representando Iracema com uma fantasia belíssima, e seu parceiro Claudinho foram corretos durante a apresentação nos quatro módulos. Harmonicamente a escola também deu um baile cantando e sambando durante todo o desfile ininterruptamente, juntamente com a bateria e o carro de som, funcionando integralmente. Apesar disso, houveram problemas de evolução. O primeiro deles ocorreu quando a primeira alegoria travou na torre, fazendo a escola ficar parado alguns minutos. Logo depois, dois claros foram no último módulo de jurados formados no quinto e sexto carros.

Alguns erros de evolução também marcaram o desfile da Beija (Foto: Leo Antan)
Apesar dos erros no final, a Beija Flor fez uma grande apresentação que deve dar trabalhos aos jurados, seja qual for o resultado deve ser polêmico. 
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com Vitor Melo, Leo Antan e João Paulo Belmok

O Salgueiro, dono da penúltima exibição do primeiro dia do Grupo Especial, teve “A Divina Comédia do Carnaval” como enredo. Numa apresentação relativamente tranquila e sem grandes falhas, a escola da presidente Regina Celi termina a madrugada como um dos destaques de um dia sem momentos inesquecíveis.

Alegoria salgueirense que representou o purgatório. (Foto: Vitor Melo)
Apesar de simples, a comissão de frente teve bom desempenho, e cumpriu com folga a missão de apresentar a escola. O ótimo enredo se refletiu em um conjunto visual de fantasias e alegorias satisfatórios, marcado principalmente pela homogeneidade. Talvez o samba pudesse ter rendido mais, mas mesmo assim o trio de intérpretes formado por Xande de Pilares, Leonardo Bessa e Serginho do Porto teve uma atuação regular.

Gigantismo dos carros impressionou a plateia. (Foto: Vitor Melo)
Sem problemas em evolução e harmonia, o Salgueiro fez um desfile pautado pelo vermelho e branco. Vale destacar também a Furiosa do Mestre Marcão, que com convenções irreverentes e ousadas, deu um toque de leveza ao infernal desfile salgueirense. Correta, a apresentação do Salgueiro não teve muito brilho, mas a credencia por uma boa posição na tabela.

Baianas do Salgueiro na dispersão. (Foto: Vitor Melo)



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com Vitor Melo, Leo Antan e João Paulo Belmok

Quarta escola a desfilar na madrugada de domingo para segunda, a Vila Isabel contou a influência dos negros nos ritmos musicais populares no continente americano. Em uma apresentação sem grandes momentos, o ponto mais alto ficou por conta do sempre excelente Igor Sorriso, que ao lado da bateria Swingueira de Noel, conseguiu atenuar musicalmente os visíveis problemas plásticos da escola azul e branco.

Penúltima alegoria teve problemas de finalização. (Foto: Vitor Melo)

A coreografia dançante da comissão de frente deu o tom ao bom início da Vila. Mas, foi só o primeiro carro passar para o panorama se alterar: as falhas no acabamento eram gritantes em alguns momentos em alegoria que revelam problemas de barracão, sobretudo na última alegoria que representava o desfile Kizomba da escola em 1988. O cenário das fantasias estava melhor, mas mesmo assim faltavam soluções diferentes e sobrava repetição, além de muita simplicidade. Ao fim da apresentação, ficou a sensação de que apesar de bem desenvolvido, o enredo poderia ter sido melhor executado no que tange aos quesitos visuais.

Casal foi um dos destaques positivos da Vila (foto: Leo Antan)

O bom casal de mestre-sala e porta-bandeira formado por Amanda e Raphael fez uma apresentação irregular nos módulos, a porta-bandeira deixou a bandeira enrolar na cabine dupla, o que deve ser descontado. Uma pena, pois na última cabine a apresentação foi correta com excelente coreografia. O mesmo não se pode dizer da evolução, que deixou muito a desejar, fazendo a escola formar alguns buracos na pista. Com tantas falhas, a Vila deve brigar na parte de baixo da tabela e corre o risco de abrir a segunda-feira de 2018.

Detalhe de um dos clarões abertos pela Vila Isabel no desfile desta madrugada (foto: Leo Antan)



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com Vitor Melo, Leo Antan e João Paulo Belmok

Cantando o enredo “Xingu – o clamor que vem da floresta”, a Imperatriz Leopoldinense fez um desfile na linha de suas exibições mais recentes. Mesmo com alguns erros, e sem cativar o público, o conjunto esteve regular, e a escola espera a quarta de cinzas para comemorar uma vaga no sábado das campeãs.

Comissão de Ramos foi o grande destaque da apresentação. (Foto: Vitor Melo)
A criativa comissão de frente da coreógrafa Cláudia Motta monopolizou as atenções no começo do desfile. No aspecto alegórico, o grande destaque foi o abre-alas, assim como o segundo carro, que mesmo tendo passado pela avenida com um das asas de sua arara abaixada, acertou na concepção. Os problemas de acabamento não ficaram restritos apenas ao "carro da arara": as duas alegorias seguintes também sofreram do mesmo mal. O figurino gresilense não fugiu à regra dos desfiles com temática indígena, e acabou tendo soluções repetitivas e já vistas em outras ocasiões. Vale mencionar também a excelente atuação do casal Thiaguinho e Raphaela, que pela primeira vez juntos, dançaram de forma muito correta e com um belo figurino.

Arara da segunda alegoria desfilou com uma das asas caída. O destaque principal do carro também perdeu o esplendor no último módulo de jurados.  (Foto: Leo Antan)
Estreando como intérprete principal em uma escola do Grupo Especial, o cantor Arthur Franco conseguiu “segurar” com tranqüilidade o dolente samba, que teve bom rendimento. Ainda na parte musical, menção honrosa à excelente bateria Swing da Leopoldina, que liderada por Mestre Lolo, teve uma extraordinária atuação. A arriscada estratégia de entrada no recuo, porém, comprometeu a evolução das alas, e fez com que clarões fossem abertos. Surpreendendo, a Imperatriz fez um desfile fiel ao seu estilos, com algumas falhas que ofuscaram um bom conjunto geral. 

Baianas de Ramos foram um dos destaques da apresentação. (Foto: Vitor Melo)


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com Vitor Melo, Leo Antan e João Paulo Belmok

Sucedendo o Paraíso do Tuiuti, veio a Grande Rio, que contou a biografia da cantora Ivete Sangalo. Em uma apresentação marcada por altos e baixos, a tricolor caxiense conseguiu levantar o público em alguns momentos. Ivete entrou no personagem e fez de tudo: cantou, atuou e desfilou.

Carnavalesco Fábio Ricardo foi novamente o responsável pelo desfile da tricolor de Caxias. (Foto: Vitor Melo)
A arrancada da escola foi animadora, e a homenageada, que já estava posicionada na comissão de frente, dividiu o alusivo com o intérprete Emerson Dias.  Imediatamente após o início do samba, a comissão, que foi ovacionada em toda a extensão da avenida, iniciou a sua coreografia, mostrando a transformação radical ocorrida na vida de Ivete, que de lavadeira no interior baiano, se tornou uma artista de fama internacional.  Contrastando com a regularidade imprimida no conjunto de fantasias, os carros dos setores seguintes não conseguiram manter o nível do imponente abre-alas. Sobretudo na alegoria que representava a carreira internacional da cantora. 

Mestre de bateria Thiago Diogo, que se emocionou muito no início do desfile (Foto: Vitor Melo)
Em termos musicais, o desempenho também foi irregular. O alegre samba começou sendo cantado a plenos pulmões pelos componentes, mas ao longo dos minutos, a intensidade do canto acabou abaixando. Muito em função da mudança no andamento da bateria, que foi sendo diminuído gradativamente. A evolução também sofreu com pequenos erros, mas isso não deve impedir a Grande Rio de cumprir seu grande objetivo: o de conquistar uma vaga no desfile das campeãs.

Terceira alegoria da Grande Rio teve um pequeno problema de iluminação (Foto: Léo Antan)


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