Por Redação Carnavalize

A Iza passou com a Imperatriz, mas quem entrou na roda pra gingar mesmo foi a Unidos de Padre Miguel. Sempre favorita e com o enredo “Ginga”, desenvolvido pelo carnavalesco Fábio Ricardo, recém-chegado à escola, a UPM foi a penúltima escola a desfilar no segundo dia de desfiles. 

A comissão de frente, coreografada por David Lima, fez uma apresentação mediana, deixando a desejar na missão de apresentar o enredo. Composta apenas por capoeiristas, os passos eram muito simples mas a disposição da técnica dos profissionais não soube ser bem utilizada. O truque investido foi uma asa de borboleta que não gerou qualquer comoção. O experiente casal de mestre-sala e porta-bandeira, Vinicius e Jessica, trajou uma lindíssima indumentária – a mais bonita da noite, e fez uma ótima apresentação para os jurados. 

O enredo denso foi bem solucionado por Fabinho. As alegorias formaram um belíssimo conjunto. O abre-alas enfrentou problemas na concentração e entrou sem quatro partes de sua composição original, o que também acabou por prejudicar a evolução em frente à primeira cabine. O destaque fica por conta da segunda alegoria e seu belo trabalho de arte. No terceiro carro, a escultura do capoeirista não desfilou. O conjunto de fantasias dispôs de um bom trabalho de cores, boa realização e volumetria. 

A bateria do mestre Dinho passou correta. O samba conduzido por Diego Nicolau não rendeu como nos anos anteriores e talvez tenha sido o ponto mais delicado da passagem da escola. A evolução oscilou entre momentos corretos e ruins, já que a escola precisou tapar buracos e correu para que o alto contingente da escola pudesse cruzar a Avenida. 

A Unidos de Padre Miguel deve brigar por uma confortável posição na parte de cima da tabela.