#Carnaval2022: Vila Isabel - Em desfile emocionante, Vila celebra Martinho e se coloca na disputa

by - abril 24, 2022


Por Redação Carnavalize


Última escola a passar pela Avenida no tão aguardado carnaval de 2022, a Unidos de Vila Isabel celebrou a vida de seu maior baluarte. Martinho da Vila, figura de grande importância para a agremiação e para a cultura brasileira, recebeu da escola do coração os louros pela sua obra e trajetória. A escola também rendeu favoritismo durante o pré-carnaval, aliando a pertinência do enredo à sua confortável situação financeira. No entanto, antes mesmo da escola pisar na pista, estava confirmada a saída do carnavalesco Edson Pereira para a chegada do carnavalesco Paulo Barros para o próximo carnaval.

A comissão de frente, assinada por Márcio Moura, trouxe um ritual tribal angolano, saudando a ancestralidade de Martinho. O corpo de dança apresentou uma coreografia aguerrida e tocou alguns tambores. O ponto alto da abertura da escola foi a aparição do homenageado, quando o belo elemento alegórico se abria e Martinho era coroado por Omolu. A presença do ícone levantou o público, causando frisson. Recém-chegados à agremiação, Marcinho Siqueira e Cris Caldas fizeram uma exibição ousada, apostando em paradas diferentes. O primeiro casal explorou a letra do samba na marcação da coreografia. A dupla estava tecnicamente perfeita.

Abertura da escola impactou (Foto: Pedro Umberto)

No que diz respeito ao enredo, vale dizer que ele deixa a desejar no desenvolvimento, no sentido de que se começa um tema que não é concluído em sequência. Kizomba, por exemplo, aparece três vezes em momentos diferentes do cortejo. O conjunto visual trouxe a assinatura de requinte do carnavalesco, apostando no luxo e na volumetria. As alegorias estavam bem acabadas e mostraram um competente uso de materiais. Os figurinos, por sua vez, eram irregulares, oscilando entre alas boas e outras nem tanto. O destaque ficou por conta da utilização do azul, uma das cores da escola.

Uma das belas alegorias da Vila (Foto: Leonardo Antan)

A bateria de Mestre Macaco Branco “tirou onda” em uma apresentação consistente e empolgante, garantindo um bom andamento para o samba-enredo. A comunidade vibrou e quicou na avenida, evoluindo com fluidez e energia. 

Sem enfrentar perrengues e com quesitos bem defendidos, a Vila se colocou na disputa pelas primeiras colocações. 





 

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