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7x1 Carnavalize: Os melhores sambas de enredos CEP nacionais
por Leonardo Antan e Vitor Melo.

Desde então, viajamos pelos sabores, festas, hábitos e comidas pelos quatro cantos do país. Separamos, então, uma lista com os sete melhores sambas gerados de enredos CEP.
Fazer listas é sempre difícil e algo que gera controvérsias, logo, resolvemos abranger o maior número de escolas diferentes que se destacaram por seus enredos geográficos, selecionando apenas um samba de cada.
Caprichosos 2001 - Goiás
Logo nos primeiros anos do século XXI, a Caprichosos se notabilizou por dois enredos CEP que gerariam sambas divertidos e excelentes, bem ao estilo da azul de branco de Pilares. Entre Goiás e Porto Alegre, acabamos optando pelo estado do centro-oeste. O samba com pegada evolvente, narra as belezas do estado brasileiro através do amor por uma morena que enfeitiça o narrador. Dando um fio narrativo original a obra. Em 2002, a qualidade da obra também se destaca, no já citado enredo sobre Porto Alegre. Bom lembrar que foi um desfile CEP também que marcou o último desfile da simpática escola no grupo especial, até agora, o enredo sobre o Espírito Santo já foi citado em outra lista nossa, neste caso, por não esconder seu patrocínio. Confira aqui.
Vila Maria 2007 - Cubatão

Mangueira 2013 - Cuiabá
É aquele ditado, não é mesmo? Com a velha Manga ninguém brinca. Depois de uma série de enredos musicais, a polêmica administração de Ivo Meirelles estava repleta de dívidas e o jeito foi optar foi pelo dinheiro da capital do Mato Grosso. Mesmo com o enredo sem tanto apelo poético, os compositores da verde e rosa não decepcionaram e fizeram um samba à altura da tradição dessa escola icônica. A narrativa do enredo era amarrada pela chegada poética do espero trem a cidade, que tinha como piloto ninguém menos que lendário mestre-sala Delegado. Apesar de terminar apenas no oitavo lugar, a escola ganhou o estandarte de melhor escola daquele ano.
Pérola Negra 2012 - Itanhaém
Alguém aí (não vale paulistas, hein!), sabe onde fica Itanhaém? Graças ao Google, podemos dizer que uma das cidades litorâneas de SP, ali na baixada santista. E também que é a segunda cidade brasileira mais antiga, vejam só. Mas bem, de certo é que o samba da Pérola Negra divulgou as belezas desse município pra Brasil inteiro cantar. E fez isso muito bem. O belo samba segue uma linha mega tradicional em enredos desse tipo: exaltando as belezas locais, os hábitos religiosos, as principais festas. A diferença é a qualidade da obra, que costura tudo de maneira poética. Infelizmente, a escola acabou sendo rebaixada pelo desfile, o que qualquer bom folião considera uma grande injustiça.
Imperatriz 1995 - Ceará

Grande Rio 2011 - Floripa
Sempre na busca de um trocado a mais, a tricolor de Caxias se notabilizou ao longo deste século pelas apresentações acerca de cidades brasileiras. Tudo começou lá em 2006, no delicioso samba sobre o Amazonas, um dos melhores da história recente da escola. Depois disso, foi um CEP atrás do outro. Em 2007, com homenagem a sua cidade natal, Duque de Caxias. No ano seguinte com Coari, município do Amazonas, famoso pelo refino de gás. E mais recentemente em 2014 e 2016, com as viagens por Maricá e Santos. Mais dentre todos esses, o samba que ficou eternizado na memória carnavalesca foi o do trágico ano de 2011, marcado pelo incêndio que destruiu o barracão da escola um mês antes do desfile. A valente canção sobre a capital de Santa Cantarina embalou um desfile emocionante e cheio de garra da escola. Será que se não fosse o fogo, a tricolor teria sido campeã? Nunca saberemos, mas a beleza da ilhas das Bruxas ficou eternizada nesses versos.
Beija-Flor 1999 - Araxá
Quem disser que enredo CEP não gera bom samba, tem que consultar o histórico da maior campeã deste século. A sempre polêmica Beija-Flor emplacou o maior número de enredos CEP nos últimos dezenove carnavais. Começando lá com o título de 98, dividido com a Manga, sobre o estado do Pará. Desde então foram mais cinco enredos sobre localidades brasileiras, sem contar os de temática africana. A maioria deles, destacou-se por excelentes sambas, a tarefa de escolher um só foi pra lá de difícil. Como optar pelo samba valente que embalou o campeonato de 2004 sobre Manaus (avante a tribo beija-flor). Depois outro título com o desfile sobre Macapá em 2008 (o meu valor me faz brilhar). Fora os títulos, restam ainda a viagem mística a Poços de Caldas em 2006, a homenagem aos 50 anos de Brasília em 2010 e a comemoração ao aniversário de São Luís, em 2012. Dentre todos, escolhemos a belíssima obra de 1999 sobre a cidade mineira de Araxá (oba-oba), quase unanimidade do carnaval.
Bem, com essa lista a gente prova que essa história de que enredo sobre localidades não gera bom samba é um grande mito. Não estamos tão pouco defendendo essa linha temática, nós queremos mais é que as escolas se reinventem e busquem histórias novas e inspiradas. Afinal, uma hora vão acabar todas as cidades brasileiras capazes de virar um samba digno, não é mesmo? Mas é sempre interessante observar como essa tendência se consolidou nas última décadas, nos fazendo viajar do Oiapoque ao Chuí.
Só uma pequena correção: Mangueira em 2013 foi oitava e por escrito colocaram em sétimo, mas tudo bem. Aliás, todos os sambas citados são muito bons.
ResponderExcluirAgradecemos a correção do filigrana. Valeeeeeeeuuuuuu - ler na voz de já sabe quem.
ExcluirO samba da Mangueira em 2013 não é o do CD certo? Não tem o Agnaldo...
ResponderExcluirRealmente não era a gravação original, mas colocamos não só a gravação do CD, mas como o clipe oficial já que prefere, grande Renato! Agradecemos o feedback.
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