#BOLOEGUARANÁ: Preparando mais um desfile com a dita temática afro, Acadêmicos do Cubango completa 61 anos
por Bernardo Pilotto
Em 17 de dezembro de 1959, há 61 anos, foi fundada a Acadêmicos do Cubango, escola de samba que trouxe grandes contribuições para o carnaval do Rio de Janeiro. Ao longo de toda a sua trajetória, a “verde-e-branco lá de Niterói" trouxe muitas vezes a temática afro em seus desfiles.
Assim como as niteroienses Unidos do Viradouro e Acadêmicos do Sossego, a Cubango também iniciou sua trajetória no carnaval na cidade, tendo conquistado 11 títulos do grupo especial de Niterói.
Essa trajetória de vitórias começou em 1967, quando foi campeã com o enredo “O Brasil pintado por Debret”. Foi nos anos 1970 que a escola teve seu auge, quando conquistou 6 títulos, incluindo um pentacampeonato (de 1975 a 1979). Foi também nessa década que a escola trouxe pela primeira vez na sua história um enredo afro, com "Coroação do Rei Congo em Sabará", em 1972, ano em que foi campeã.
A partir de então, a Cubango e sua comunidade passaram a se identificar com essa temática, que se tornou frequente nos desfiles da agremiação. Uma dessas vezes foi em 1979, com o enredo “Afoxé”. Seu samba-enredo foi gravado por Elza Soares, um ícone da música brasileira, algo até então inédito para uma escola de Niterói.
Nos anos 1980, devido ao enfraquecimento do carnaval niteroiense, a Cubango decidiu se apresentar no carnaval carioca, começando a desfilar nos grupos de acesso em 1986. A escola então teve uma rápida ascensão, chegando ao Grupo A (a segunda divisão) em 1996. Após alternar alguns anos entre os Grupos A e B, a escola se consolidou em definitivo no Grupo A a partir de 2003 (a exceção foi 2009).
Na Sapucaí, a escola tem feito grandes apresentações, mantendo sua trajetória iniciada lá nos anos 1960. Nos últimos desfiles, a Cubango ficou no quase, chegando a ganhar o prêmio Estandarte de Ouro de melhor escola do Acesso em 2018 e 2019. Nessa última vez, foi vice-campeã da Série A. Para o próximo carnaval, o enredo será “Onilé”, sobre o orixá que representa a base de toda a vida.