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Samba de Gala: a festa das melhores escolas paulistanas de 2017

by - março 07, 2017


A última sexta-feira foi de celebração para as cinco primeiras do Grupo Especial e as duas promovidas do Grupo de Acesso, que apresentaram mais uma vez seus desfiles na pista do Anhembi. Sem o nervosismo e o peso técnico de uma noite oficial, o Desfile das Campeãs é um momento de descontração da escola e de seus componentes, para comemorar o resultado e se despedir do carnaval.

A missão de abrir o desfile das campeãs foi da Independente Tricolor. A agremiação, que ficou em segundo lugar no Grupo de Acesso, repetiu o grandioso desfile, mas em clima de festa. Sem se preocupar com os jurados, os componentes estavam curtindo bastante, muito mais soltos, pulando e cantandomesmo com a chuva caindo no Anhembi. Jorge Freitas - pai de Vinicius Freitas, carnavalesco da Tricolor - também estava presente no desfile, coordenando a evolução. O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Cley e Lenita se destacou novamente com um elegante bailado e uma linda apresentação para o público. Aproveitei para fazer algumas perguntas a eles na dispersão, principalmente sobre o futuro profissional de ambos. Confira abaixo:


Logo depois, veio a campeã do Grupo de Acesso, X-9 Paulistana. Com um discurso emocionante do presidente, a escola entrou com força no sambódromo e mostrou porque foi campeã. A frente da escola estava o carnavalesco Lucas Pinto, aparentemente muito feliz, agradecendo e acenando para a arquibancada. Logo após veio a comissão de frente com a irreverente Yaskara Manzini comandando. Mesmo com a chuva, a comunidade xisnoveana se divertiu, cantou e empolgou o público. Na dispersão, a festa continuou, com todos comemorando e gritando "É campeão!". O intérprete Darlan Alves deu um show novamente e o Carnavalize bateu um papo com ele após o desfile:


Logo depois, foi a vez da Rosas de Ouro se reapresentar. O quinto lugar foi comemorado com muita festa e alegria. Após um conturbado desfile em 2016, a agremiação se reergueu e conseguiu uma vaga nas campeãs. Os componentes estavam muito felizes e a apresentação foi bastante alegre e solta. O destaque vai para o intérprete Royce, que cantou com maestria, e pro primeiro casal de MS&PB, Marquinhos e Isabel que deu um show na pista. Inclusive, conversei com a porta-bandeira Isabel, que falou sobre seu futuro na Roseira. Ouça:


Também conversei com André Machado, carnavalesco da Rosas, que confirmou sua permanência na escola para 2018. Escute abaixo:


A quarta escola da noite foi o Império de Casa Verde. Após o título de 2016, a escola tentava o bi, mas perdeu décimos preciosos que a tiraram da briga. Com um desfile menos roteirizado, os componentes estavam curtindo e pulando bastante. A primeira porta-bandeira Jéssica estava com a mão enfaixada e sem seu costeiro. No desfile oficial o casal sofreu com o peso da fantasia, principalmente Jéssica, que carregava 40kg. Apesar disso, eles conseguiram a pontuação máxima. O grande destaque ficou por conta do intérprete Carlos Jr, que além de conduzir com excelência o samba, saudou várias co-irmãs durante o desfile. Na dispersão pude entrevistá-lo e ouvir sobre seu desejo de continuar no Tigre. Confira:


A quinta escola da noite foi o Vai-Vai. A Saracura ficou em terceiro lugar, e as notas de alegorias influenciaram muito para que a agremiação fosse tirada da disputa pelo título. Com um dos melhores sambas do carnaval, a Escola do Povo passou com garra pelo Anhembi e mostrou, mais uma vez, a força do seu chão. Em um desfile mais tranquilo, os componentes não deixaram de cantar o samba, que foi acolhido pela comunidade desde as eliminatórias. A bateria de Mestre Tadeu também deu um show, principalmente nas paradinhas e convenções. A rainha de bateria, Camila Silva, deu um show de simpatia e samba no pé. Outro destaque foi o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Pingo e Paulinha Penteado, que arrancou aplausos do público. Na dispersão, a "quase-repórter" que vos fala, conversou um pouco com Paulinha, que deu a sua opinião sobre o julgamento desse ano: 


Também entrevistei Grazzi Brasil, que desde o fim das eliminatórias integra o carro de som do Vai-Vai, e possui uma das mais belas vozes do carnaval. 

A penúltima escola da noite e vice-campeã do carnaval de São Paulo foi a Dragões da Real. A agremiação da Vila Anastácio repetiu o grandioso desfile e mostrou a força de seus componentes. O primeiro casal de MS&PB novamente deu espetáculo. Evelyn Silva, porta-bandeira da Dragões, foi, sem dúvida alguma, a grande revelação desse carnaval. A bateria também não economizou nas bossas e paradinhas, que contagiaram o público. A rainha Simone Sampaio deu um show de carisma e samba no pé. O intérprete Renê Sobral conduziu muito bem o samba e mostrou que caiu como uma luva no carro de som da Dragões.

Os componentes estavam soltos, felizes e comemorando o vice-campeonato. Na dispersão o clima não poderia ser diferente. Os portões fecharam, mas os componentes continuaram a entoar o samba junto com o intérprete Renê que dizia: "vamos comemorar juntos esse vice!" Aproveitando a oportunidade, entrevistei o intérprete, que deu uma opinião muito pertinente sobre o julgamento esse ano. Escute:


A comissão da Dragões também estava presente no desfile. Na dispersão encontrei o carnavalesco Jorge Silveira que também  cedeu uma entrevista ao Carnavalize, e contou em primeira mão que continuará na escola para o carnaval 2018:


A Acadêmicos do Tatuapé, campeã do Grupo Especial, encerrou o ciclo do carnaval 2017. Um desfile sem dúvidas emocionante, que mostrou como a força do trabalho da diretoria e comunidade podem levar ao tão sonhado título. A taça de primeiro lugar veio logo no início do desfile, e muitos diretores da escola ostentavam uma faixa que atribuía o título ao trabalho da diretoria do "Tatu". O grande destaque do desfile foi, sem sombra de dúvidas, a comunidade, um dos pilares da agremiação . A alegria dos componentes era muito visível. Celsinho Mody também deu um show de interpretação e conduziu muito bem o samba. Na dispersão o clima era de muita festa, com muitos gritos de "É campeão!."
Depois do desfile, entrevistei o intérprete Celsinho, que contou um pouco sobre a sensação de ser campeão:


Também falei com o carnavalesco Flávio Campello, outro responsável pelo título da Tatuapé. A escola esteve muito bem em termos plásticos, fator preponderante para a conquista do campeonato. Flávio contou se pretende ou não continuar na azul e branco para o carnaval de 2018, confira abaixo:


Com festa, alegria e descontração, o carnaval paulistano chegou ao fim em 2017. Até o próximo, mais onze meses de espera. Enquanto isso, vale repercutir e comentar os resultados, e é claro, as inúmeras especulações que já pipocam pelas redes sociais.

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